Pólo memorial Grande Leste

Pólo memorial Grande Leste
« Pólo memorial nacional e europeu do Grande Leste da França, 25 lugares da história e memórias das abolições da escravidão (1648-1848) »

O território do leste da França incluindo as regiões de Borgonha Franche-Comté, Alsácia-Lorena e Champanha Ardenas, foi historicamente o berço do movimento pela abolição da escravidão dos negros, primeira forma de globalização da história. Em 4 séculos, este sistema econômico destruiu na industria colonial entre 12 e 15 milhões de Africanos com repercussões consideráveis na história humana, econômica, social e cultural de três continentes. Essa tragédia na história universal criou, a partir de 1994, uma mobilização internacional com apelo da UNESCO, apoiada pelas recomendações das Nações Unidas. O objetivo é de desenvolver o conhecimento desta página da história mundial, de valorizar a sua memória , mantendo a conscientização sobre suas consequências nas sociedades modernas. Neste ímpeto de abertura, a França foi, em 2001, o primeiro país a ter adotado uma lei memorável para reconhecer a escravidão como sendo um crime contra a humanidade. A nível nacional e europeu, e mesmo internacionalmente, o comprometimento na lembrança em nossas regiões foi precursor e iniciado em 1901 no Forte de Joux, ingressado a partir dos anos 1970 pelos locais de Champagney, Chamblanc, Fessenheim e Emberménil que, desde 1998, estruturaram-se e organizaram-se no projeto de « a Rota das Abolições da Escravidão » a primeira rede de sites e lugares de memória criada no mundo. Essa rede se tornou uma associação da lei 1901 em 2004. Desde 2015, ela é reconhecida como por interesse geral. Esta iniciativa pioneira permitiu à rede da Rota das abolições e ao território do Leste da França, não apenas de preceder os engajamentos nas memórias nacionais e internacionais, mas de estar presente quando dos grandes encontros de celebração e de comemoração do período 1998-2004, de receber inúmeros apoios e apadrinhamentos dos mais altos níveis do Estado, de desenvolver as ações de promoção e midiatização e de multiplicar as recepções de personalidades e intervenções a níveis nacional e internacional.

Para reforçar a atratividade deste território do Leste da França, desenvolver uma forte imagem histórica sobre a defesa das liberdades e responder aos compromissos na conscientização e permitir a implementação de ações pedagógicas sobre os problemas do racismo, xenofobia e formas de intolerância, a rede da Rota das abolições está empenhada na elaboração de uma nova estratégia e na implementação de novas ações com dois objetivos principais:

• Colocar o Leste da França e a Suíça como um grande pólo memorial nacional e europeu agrupando a rede de 5 sites da Rota das abolições da escravidão aos 20 outros sites e locais de memória identificados no território.
  
• Desenvolver o turismo de memória em torno da descoberta da história da escravidão e de suas abolições através de uma oferta diversificada (Castelos, museus, monumentos e memoriais, ...) e repleta de figuras célebres (Alphonse de Lamartine, Victor Schoelcher, Toussaint-Louverture, Victor Hugo, Abade Grégoire, Germaine de Staël, ….) atraindo público novo (diáspora nacional e internacional dos descendentes de escravos, estabelecimentos escolares, personalidades diversas, populações locais e turismo de estadia e de passagem....).

A ambição do pólo memorial nacional do Grande Leste conta com a experiência e redes já criadas pelos sites da Rota das abolições, em conexão com os apoios das autoridades locais (proprietários comuns de locais de memória e conselhos departamentais e regionais em apoio às ações de investimentos nos sites e promoção da rede).

A criação deste grande pólo memorial nacional e europeu, que coloca este espaço geográfico numa posição única e de monopólio sobre a história e memória das abolições da escravidão e das lutas pela liberdade, se encaixa nos novos aspectos memoriais incentivados pelas organizações nacionais e internacionais e atende às expectativas do público e dos agentes de viagens.

O pólo memorial nacional do Grande Leste:
O pólo memorial do Grande Leste vos propõe uma descoberta completa das etapas e dos personagens que participaram do longo processo da história das abolições da escravidão através de mais de 25 lugares simbólicos:

As primeiras condenações da escravidão (1650-1740): - O viajante Pierre Moreau de Paray-le-Monial ( Saône-et-Loire)   - O capuchinho Epifánio de Moirans-en-Montagne ( Jura). Século das Luzes e desenvolvimento das condenações (1748-1789): - O castelo de Voltaire à Ferney-Voltaire ( Ain). - O museu Denis Diderot à Langres (Haute-Marne). - Os cavaleiros de Boufflers, Beauvau-Craon e Saint-Lambert no castelo de Lunéville (Meurthe-et-Moselle). - A edição da literatura abolicionista em Neuchatel (Suíça) A revolução Francesa e a primeira abolição da escravidão (1789-1794): - A Casa da Negritude e dos Direitos Humanos de Champagney (Haute-Saône). - Os cadernos de queixas de Charolles e de Toulon-sur-Arroux (Saône-et-Loire). - A casa museográfica Abade Grégoire em Emberménil  (Meurthe-et-Moselle). A insurreição de São Domingos e o restabelecimento da escravidão (1791-1802): - Toussaint Louverture e o Forte de Joux em Pontarlier (Doubs). - Léger-Félicité Sonthonax em Oyonnax (Ain). - O general Etienne Lavaux em Digoin, Cormatin, Ameugny e Flagy (Saône e Loire).

A retomada da luta pela abolição da escravidão (1815-1848)
- A casa Victor Hugo em Besançon (Doubs)
- A casa de família de Anne-Marie Javouhey e as florestas memoriais de Chamblanc, Seurre e Jallanges (Côte d'Or).
- O castelo de Coppet e as figuras abolicionistas de Jacques Necker, Germaine e Auguste de Staël em Coppet (Suíça)
- A memória de Benjamin Constant em Lausanne (Suíça).

A abolição definitiva da escravidão de 1848 e a integração dos antigos escravos (1848 - ...)
-A memória de Guillaume de Félice em Yverdon (Suíça)
-O museu, a casa e o castelo de Alphonse de Lamartine em Mâcon, Milly e Saint-Point (Saône-et-Loire).
-O espaço museográfico Victor Schoelcher, sua vida , sua obra em Fessenheim (Haut-Rhin).